
Tudo começava numa complicidade entre o regime fascista e os seus tentáculos operacionais, judiciais e penais.
O "bufo" contactava com o PSP ou GNR, que por sua vez encaminhavam para a PIDE.
Ser democrata ou simplesmente discordar do sistema era sinónimo de ser "comunista" assim apelidavam, à boa maneira nazi e fascista todos aqueles que questionavam a legitimidade de um poder nascido de uma revolução e sem eleições livres.
A ideologia estendia-se a toda a função pública e para ser desde policia a Juiz tinha de se pertencer à casta Salazarista.
O partido único - União Nacional - não admitia divergência de opiniões. a correspondencia e documentos oficiais terminavam sempre com:
"A BEM DA NAÇÃO"
Os campos de concentração tais como o Tarrafal, eram o exílio e a morte para todos os que depois de "legitimados" por uma sentença judicial, para aí eram deportados, sofrendo sevícias e os mais altos modos de tortura - a distância da família, a violência fisica e a "morte".
Pretende -se aqui esclarecer como um sistema montou, utilizou pessoas, que actuavam "A BEM DA NAÇÃO" condenavam por crimes políticos contra a segurança da Nação todos os que questionavam o querer ser livre e a liberdade de expressão.
Também os muitos que para não terem de ser assassinos coloniais procuravam, pelos montes, atravessar a fronteira para a almejada liberdade.
Esses também eram presos e condenados, uns como desertores, outros como emigrantes clandestinos.
A repressão policial, necessáriamente tinha de ter associada a máquina judicial e a penal.
É o que aqui se recorda!
Fonte: