20090224

Quem fechou a Social-Democracia no sótão?


Observando este vídeo em: http://www.youtube.com/watch?v=bysPResFr_o fica-se com uma sensação estranha ao ouvir e ver Francisco Sá Carneiro a defender uma “sociedade socialista” e “sem classes” para Portugal, preconizada pelo PPD/PSD, em 1974, na altura do seu primeiro congresso.
De 1974 até 2008, muita água correu debaixo da ponte, no que respeita ao programa deste partido; mas o mais engraçado é que apesar de se designar de “Partido Social Democrata”, o velho Partido Popular Democrático, fundado por um grupo de deputados da Assembleia Nacional, que aceitou integrar as listas do então partido único (Acção Nacional Popular, ex-União Nacional) nunca foi de centro-esquerda.
Por uma questão de conveniência, a classe dirigente deste partido de direita, tentou aproximar-se da esquerda moderada e aderir à Internacional Socialista em 1975; porém, sem êxito, uma vez que o PS já lá estava a representar a Social-Democracia portuguesa e sempre foi o partido que representou essa corrente ideológica de centro-esquerda, em Portugal.
Em 1979, o dito PSD resolve montar uma estratégia de poder com o CDS de Freitas do Amaral e, juntamente com o PPM, fundam uma ampla coligação de centro-direita, denominada de AD (Aliança Democrática).
Em 1978, quando o PS, tendo um governo minoritário, necessitou de estabelecer uma breve coligação com o CDS, para aprovar medidas de combate à recessão económica e estabelecer as bases da entrada de Portugal na então C.E.E, houve quem chegasse a acusar o líder do PS, Mário Soares, de meter o “socialismo na gaveta”, esquecendo os princípios ideológicos esquerdistas.
Ora, então e o PPD/PSD, que arrancou de um programa tendencialmente marxista (por conveniência da época) e invocando a Social-Democracia nórdica europeia, acabou por se tornar num abrigo para muitos adeptos do Estado Novo; num partido conservador e liberal, que nada tem a ver com a verdadeira Social-Democracia?
Se alguém tem a coragem de acusar o fundador do PS de “meter o socialismo na gaveta”, então os fundadores e posteriores líderes dos PPD/PSD fecharam a Social-Democracia no sótão, esquecendo-a definitivamente, uma vez que essa corrente ideológica, invocada pelo partido laranja, lhe permitiu sobreviver aos anos loucos de 1974/1975, fazendo-se passar por um partido democrata, moderado, de esquerda, evitando ser perseguido, ter as suas sedes atacadas e comícios e congressos boicotados por forças da extrema-esquerda, tal como aconteceu com o CDS.

20090215

Símbolo do PPD/PSD

20090207

Tachos PSD na Madeira


Tachos "PSD" na Madeira

20090204

A campanha suja da organização juvenil JSD do PPD/PSD



Na falta de argumentos, os pequenos fascistas do PPD/PSD, recorrem ao insulto. Este é mais um dos motivos pelos quais não se deve votar no "PSD".
São gente que tem mau perder e revelam desespero por estar longe do poder.
Se alguém queria a prova de que o PSD é um partido radical e sem ideias para governar, aqui está a prova.