20091231

Dedicado ao PSD

Dedicado ao PSD

20091226

Os Fantasmas do PSD

O realismo fantástico tal como foi elaborado por Louis Pauwels e por Jacques Bergier já não tem audiência e, por isso, a sua aplicação ao domínio da política portuguesa por parte das mentes fantásticas e senis do PSD de Manuela Ferreira Leite parece estar condenada ao fracasso. Depois do caso real do BPN que deu visibilidade a uma extensa teia de corrupção envolvendo figuras ligadas aos governos do PSD, os portugueses adquiriram uma imunidade natural que os protege dos produtos assombrados cuspidos pela imaginação fantástica e fantasmagórica das mentes laranjas desesperadas: asfixia democrática, controle da comunicação social, controle das forças policiais, controle das empresas, maçonaria, freeport, etc., são fantasmas inventados, conspirados e atribuídos pelo PSD ao PS e ao governo de José Sócrates, com o objectivo de difamar e denegrir a imagem do Primeiro-Ministro, bem como a sua imensa obra que arrancou Portugal do marasmo e da inércia. Pacheco Pereira não acredita na teoria da conspiração, porque ele próprio a utiliza para dar visibilidade aos fantasmas do seu partido: os conspiradores negam participar na conspiração que arquitectaram, mas nessa negação confirmam a conspiração em curso que só é travada quando os fantasmas se desfazem sob o efeito da força gravitacional da lei e da verdade.
Pacheco Pereira recorre à noção de escassez para justificar ideologicamente a situação de penúria nacional, restituindo-nos sem disso ter consciência teórica a visão autoritária de Hobbes: a visão do homo homini lupus. Embora Marx e Engels estivessem mais interessados pelo excedente ou pela parte maldita, o conceito de escassez não é completamente estranho ao marxismo. Sartre retomou-o para mostrar que a história real dos homens não é necessária: a história tem como origem e fundamento inteligível um facto contingente, a escassez ou carência de recursos em relação ao número de bocas a alimentar. A ausência de reciprocidade deve-se à escassez que transforma o outro em inimigo. A escassez condena todas as sociedades humanas - e não apenas a sociedade portuguesa, como supõe erradamente Pacheco Pereira - a eliminar uma parte dos seus membros, reais e possíveis, antes de terem nascido ou depois de terem visto a luz do dia. A escassez obscuramente experienciada é interiorizada pelas consciências, criando um clima de violência, no qual decorre toda a história humana. Para Sartre, a inumanidade do homem para o homem tem uma causa historicamente permanente, mas ontologicamente acidental: a escassez não só imprime a inumanidade a todas as relações entre os homens, como também põe em movimento a dialéctica da história. Neste clima de conflito, a praxis individual está imediatamente ameaçada, na sua liberdade, pela praxis dos outros. Cada um de nós é projecto - apreensão global do ambiente em função da situação percebida e da finalidade desejada, mas no seio da escassez não é possível ocorrer a reciprocidade das liberdades: as consciências objectivam-se nas suas obras e esta objectivação torna-se alienação, na medida em que os outros a roubam e falseiam a sua significação, transformando a organização social em coisa - o prático-inerte, à qual os indivíduos se submetem como a uma necessidade material. A antipraxis ou antidialéctica caracteriza todas as relações interindividuais na servidão do prático-inerte, fazendo com que o homem seja o instrumento do homem em todos os lugares do mundo.
Porém, a escassez permite a Sartre transitar do mundo sem esperança, onde a escassez torna os homens inimigos uns dos outros, para um mundo mais solidário, através da superação comum do isolamento das praxis individuais, das suas rivalidades, das suas sujeições recíprocas e do conjunto do prático-inerte. Ora, é precisamente a urgência política desta superação dialéctica do regime da escassez que distingue o PS do PSD: Pacheco Pereira encara a escassez como uma fatalidade natural necessária, da qual não podemos libertar-nos, condenados a nascermos livres e, ao mesmo tempo, a estarmos acorrentados pela escassez em todos os lugares do mundo (Rousseau), enquanto Sartre - na peugada de Hegel e de Marx - concebe a sua superação dialéctica, antecipando a aurora da abundância e da reciprocidade das consciências. A ideologia do PSD, tal como explicitada por Pacheco Pereira, desiste da luta contra a escassez predominante em Portugal e contra o clima de violência que a carência gera materialmente, condenando Portugal à falsa dialéctica da escassez e da conspiração. O PSD de Manuela Ferreira Leite é profundamente reaccionário: o seu único objectivo político é reduzido à mera luta material pelo controle dos escassos recursos nacionais, mediante a conquista do poder político, luta esta que visa eliminar os adversários políticos, falsificando fantasmagoricamente o significado da sua obra, sem levar em conta a possibilidade de um projecto colectivo, em torno do qual as consciências se unam numa vontade comum: a luta por um Portugal liberto da escassez e da conspiração. A luta do PSD não é a luta pela construção de um mundo melhor, mas sim a luta pela manutenção do controle e da concentração dos escassos recursos nacionais por parte de uma família ideológica alargada de clones. O PSD trama conspirações fantásticas para eliminar os seus adversários políticos que têm um projecto verdadeiramente nacional. O PSD gerou quase toda a corrupção nacional que bloqueia o futuro de Portugal. Lutar contra o PSD constitui um imperativo nacional: o nosso futuro depende da derrota eleitoral do PSD de Manuela Ferreira Leite, a assombração de um regime musculado de Direita.
J Francisco Saraiva de Sousa

In: http://cyberdemocracia.blogspot.com/2009/09/os-fantasmas-do-psd.html

20091225

Assassinato do General Humberto Delgado pela PIDE/DGS

Os crimes dos fascistas portugueses.Agora os simpatizantes destes esbirros salazarentos, votam no PPD/PSD.

Assassinato do General Humberto Delgado pela PIDE/DGS

20091215

As gentes do partido fascista PPD/PSD madeirense

Sem palavras!

Festa PPD/PSD no Rochão

20091208

E vem este gajo falar de rigor e transparência!



"Câmara do PSD pagou trabalhos que deveriam ter sido prestados em 2008
- Rio cobra milhares de euros por serviços que não prestou


O candidato da coligação “Juntos por Braga” à presidência da autarquia bracarense cobrou vários milhares de euros à Câmara Municipal de Famalicão por um serviço de assessoria que não chegou a prestar. A cobrança foi feita no âmbito do ajuste directo de um serviço de assessoria financeira que tinha o dia 12 de Dezembro de 2008 como data limite para a entrega do estudo com que a edilidade governada pela coligação PSD/CDS pretendia fundamentar a alteração de taxas e licenças no município famalicense. Ricardo Rio confirmou ao Diário do Minho que já recebeu duas das três tranches que terão sido acordadas para o pagamento do trabalho e confessa que o estudo que lhe foi encomendado com urgência, em Setembro de 2008, ainda não foi entregue ao Município famalicense.

O recebimento das quantias relativas aos trabalhos que deveriam ter sido prestados em 2008 à Câmara Municipal de Famalicão aconteceu numa altura em que Ricardo Rio protagonizou uma batalha pela ética e pela transparência na autarquia de Braga. Já oficiosamente candidato à cadeira do poder municipal, Rio avançou com um conjunto de medidas conhecido como «pacote para a ética e transparência»".

(in Diário do Minho)

20091204

E já lá vão 29 anos




Camarate, 1980


E já passaram 29 anos do trágico desaparecimento do criador do partido fascista PPD/PSD. De recordar que em 1976, mudou o nome de PPD para PSD, para o camuflar de centro-esquerda, para não ser confundido com a extrema-direita, que proliferava em demasia nas fileiras desse partido e na época não era útil ser-se de direita.


O aproveitamento político da morte deste político proveniente da ditadura de extrema-direita do Estado Novo, foi imenso e ainda hoje se evoca o seu nome por muitos fascistas (que agora se fazem passar por democratas e que ajudam a corromper e a desacreditar o regime democrático) que militam nas fileiras do infame e odioso PPD/PSD.

Em vésperas de 8 anos de fascismo cor de laranja absoluto

Em 1987, pouco antes das eleições legislativas que deram maioria absoluta ao PSD para, de forma autoritária, oprimir muitos portugueses que não pensavam da mesma forma que muitos dos seus apoiantes, surgiram estes cartazes de propaganda eleitoral.



1.ª Maioria do PSD

20091201

O que é o PPD/PSD

O Partido Popular Democrático / Partido Social Democrata [PPD/PSD] é um só partido, que a bem dizer é um PPD com uma capa social-democrata. Nem pouco mais ou menos o PSD alguma vez deixou de ser um partido de direita [ora + conservadora, ora + liberal / e por aí continuará], por muito que se queira pintar de social-democracia de terceira via [coisa que já agora é o que melhor define o PS de agora].

A passagem de PPD para PSD foi um processo de maquilhagem política que passou da adopção da forma social-democrata, para a mudança do nome. Este processo resultou da necessidade, algo eleitoralista, de se distanciar da União Nacional [mais precisamente da ala liberal desta].

Depois do 25 de Abril, com o PREC, e mesmo depois do 25 de Novembro, a última coisa que um partido recém-criado precisava era que os confundissem com fascistas. Por causa do Estado Novo, a direita em Portugal ganhou na psique portuguesa uma associação quase directa à direita conservadora autoritária. Isto ligado a algumas pessoas do PPD facilmente "associáveis" ao regime fascista, fez com que o PPD fosse obrigado a se transformar em PSD, pois social-democracia “caía” melhor no ouvido. Ao contrário do Centro Democrático Social [CDS] por exemplo, que não sentiu necessidade em alterar o nome, pois os também “democratas cristãos” já haviam assentado arraiais no centro.

Para que não haja dúvidas da ocorrência de tal confusão entre o PPD e os fascistas, deixo-vos com uma pérola da nossa democracia:

Diários da Assembleia Constituinte

Sessão de 17 de Outubro de 1975



“(…)



O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Jaime Serra.



O Sr. Jaime Serra (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A intervenção do Dr. Sá Carneiro no comício-manifestação do PPD em Braga, no dia 16, merece-nos as seguintes considerações.

Perante o crescente isolamento e marginalização política do partido de que é secretário-geral, S. Ex.ª ...



Risos.



...parece ter entrado em delírio Qual megalómano, qual candidato a "Führer de feira", permite-se fazer acusações irresponsáveis e caluniosas e intimações impertinentes, dirigidas as primeiras ao PC e as últimas ao PS. Assim, mostrando não ter esquecido as lições de Marcelo Caetano e de Tomás, dos ideólogos da ANP, dos seus companheiros de bancada na Assembleia Nacional fascista e, sobretudo, o tom e conteúdo das notas da PIRE, em que se inspirou, certamente, neste discurso, acusa o PCP - além de outras coisas - de antidemocrático, ...



Risos.



... de anti-português.



Uma voz: - Justíssimo!



O Orardor: - Tais acusações, vindas donde vem, estamos certos que prejudicarão, aos olhos do povo português, mais o PPD que o Partido Comunista Português.



Uma voz: - Não se preocupe!



O Orador:- Do PCP, o nosso povo conhece a heróica e consequente luta ...



O Sr. Costa Andrade (PPD): - Ai que ternura!



O Orardor:- ... pela democracia, pela liberdade e independência nacional, ao longo de quase meio século de ditadura fascista, e conhece a consequente actuação em defesa das conquistas da Revolução iniciada em 25 de Abril, face às arremetidas da reacção, do PPD e seus comparsas.



Sr. Presidente, Srs. Deputados: Dos homens do PPD - partido do depois do 25 de Abril - e dos seus dirigentes, particularmente do seu secretário-geral, o nosso povo, cuja memória não é curta, conhece a colaboração que prestou em várias frentes ao regime fascista de Tomás e Caetano. Conhece também a sua actuação política mais recente, que, num crescendo impressionante se identifica cada vez mais com os interesses da reacção, dos monopólios e do imperialismo, inimigos jurados de Portugal e do povo português.

Quem é, portanto, anti-português? Quem é, portanto, contra a independência de Portugal?



Uma voz: - O PCP!



O Orador: - O PPD, já se vê!



Uma voz: - Grande poeta ...”

In: http://politikae.blogspot.com/2009/10/0-que-e-o-ppdpsd.html

PPD vs PSD



Só sabendo de onde viemos podemos saber para onde vamos. No caso do PPD/PSD é preciso avivar a memória: viemos da Ala Liberal da União Nacional, partido único do Estado Novo.

Nascemos de um grupo de deputados de direita conservadora que queria Democracia e Liberdade em Portugal. E lutou por ela, na Assembleia Nacional, tentando enfrentar um regime fascista que já tinha passado o seu “prazo de validade”. Nascemos PPD (Partido Popular Democratico) e acolhemos sociais critãos, liberais, pequenos empreededores e conservadores democratas. Todos os que não se reviam nem na direita autoritária com grande tradição em Portugal nem no Socialismo – democrático ou não – foram acolhidos neste projecto. Mas depois mudámos de nome: passámos de PPD a PSD (ou PPD/PSD, como Santana Lopes faz questão de relembrar constantemente).

Foi uma mudança ideológica? Nem por isso. Foi puro taticismo político de um homem [Sá Carneiro] que lutou pela sobrevivência do Partido enquanto tal. A seguir ao 25 de Abril de 1974 ser de direita era sinónimo de ser “fascista” e não era conveniente lembrar quem eram os fundadores do PPD (ex-deputados do Estado Novo), por muito democratas que fossem – e a história veio provar que o eram!

Ser “social democrata” era a condição essencial para a sobrevivência. Não esqueçamos que estamos a falar dos mesmos que, durante a Ditadura do Estado Novo tentaram reformar e democratizar o sistema político por dentro. Não eram adeptos de revoluções, mas sim de transições, pelo que preferiram garantir que o PSD sobrevivesse e viesse a ser opção ao socialismo do que “morrer por insensibilidade tactica” – risco que o CDS decidiu correr, embora se tenha “pintado” de “centro democrático e social”.

Para quê esta conversa toda? No último fim de semana, passaram 35 anos desde essa época. Não entrarei em discussões se Abril está para cumprir ou não, ou se ou feriado devia ser o 25 de Abril ou o 25 de Novembro [eu tendo para o último mas considero que, em última análise, não passa de um fait diver]. Pertenço a uma geração que, felizmente, não viveu nem o Estado Novo nem o PREC. Pertenço a uma geração que, por isso, tem o minimo distanciamento para analisar esse periodo de forma correcta e critica, sem desvios. Nascemos em Democracia, vivemos em Democracia, e não admitimos outro regime político que não a Democracia. Não é isso que está em causa – pois se não fosse o 25 de Abril e o 25 de Novembro, eu não poderia estar aqui a escrever.

O que está em causa é o enviesamento político que ainda subsiste em Portugal. O que eu gosto de chamar de “O trauma da direita”. Ninguém no seu juizo perfeito, rezam as crónicas, admite que é de Direita. Muito menos Direita Liberal Conservadora. Sacrilégio! Fascistas! E, temos várias consequências deste trauma. A primeira é que acabamos a ter dois partidos “social democratas” em Portugal, compondo 85 por cento da Assembleia da República. Um travestido [leia-se PSD] que é forçado a fazer programas social democratas por puro taticismo eleitorial e outro [leia-se PS] que finalmente entrou no seculo XXI. E não se confudam, o Partido ao qual pertence o espaço da Social Democracia é o “burgo ali ao lado”, o Partido Socialista que, finalmente, se modernizou e aderiu à Terceira Via [Comunistas e Bloquistas irão decerto contestar isto mas adiante].

E isso levou a duas outras consequências: a abstenção nos actos eleitorais [em particular dos jovens] e a deriva do PSD enquanto opção política, desde que, sejamos honestos, perdemos o poder em 1995 – a verdade é que, de 1995 a 2009 não chegámos a governar 4 anos seguidos!

Guterres tentou colocar o PS na via da Social Democracia Reformista (no sentido europeu do termo) mas faltou-lhe pulso. Pulso que, gostemos ou não da personagem em questão, Socrates teve. E isso colocou o PS a governar na área onde o PSD costumava ocupar. E dado que nunca assumimos o nosso “corpo ideológico”, herdado desde a fundação, andamos à deriva dos lideres. Toda a gente sabe que, no que diz respeito ao PSD, o lider faz o partido. Se o lider é forte o partido torna-se forte [e esta é a minha esperança com Ferreira Leite], se o lider é fraco o partido enfranquece. Não temos um corpo de ideais que assumamos: esta é a nossa opção!

E, mais importante que isso, não temos uma opção verdadeiramentealternativa ao socialismo, hoje operado sob a forma de Social Democracia Reformista (favor ver SPD alemão, Partido Trabalhista inglês, PSOE espanhol, e muitos outros). Um verdadeira Direita Liberal em Portugal. Alguns estarão neste momento a pensar “isso não é o PSD… somos um partido Social Democrata Reformista, não um partido ‘democrata cristão’”. É mesmo? Somos mesmo isso, ou habituamo-nos ao “rótulo” e ao “taticismo eleitoral” porque não nos queremos assumir e sabemos que a actual formula – até recentemente com o ‘recentrar’ do PS – funciona? Quem é capaz de contestar o seguinte, como principios defendidos por todos os militantes do PPD/PSD:

O homem é explorado quando se sente asfixiado pelo aparelho burocrático do Estado;

O homem é oprimido quando, por qualquer modo, lhe é vedada a liberdade interior, ou a abertura ao transcendente espiritual;

O homem é oprimido quando a sua vida privada não decorre com a necessária intimidade;

O homem é explorado, a qualquer nível, quando é sujeito ao exercício tirânico da autoridade ou a imposições abusivas de minorias activistas;

O homem é explorado quando a sua consciência de pessoa é abafada pelas massas ou é objecto de manipulações da sociedade de consumo.

Contra todas as formas de exploração e de opressão, urge lutar, mobilizando as múltiplas conquistas do progresso, com vista a uma nova ética da vida em colectividade.

E depois queixamo-nos que o Povo Português se queixa que “entre o PS e o PSD, só mudam as moscas” ou que os jovens não votam [para quê votar quando, no final do dia, a solução acaba a ser a mesma?]. A única diferença prática é que governamos a Diesel: somos mais baratos e económicos!

Deixemo-nos de ilusões e assumamos aquilo que somos. Um partido de Direita! Refundemos a Direita em Portugal [e, sejamos honestos, somos o único partido à direita que tem massa critica para esse empreendimento] e deixemo-nos de traumas. A direita sabe ser tão democrata como a esquerda. Esta última não tem o monopólio do Social. Simplesmente advogamos formas diferentes de chegar ao mesmo objectivo. E talvez, só talvez, exista uma faixa da população, que comece a votar. Pois, no estado actual de coisas, uma enorme faixa de pessoas de direita liberal não votará porque não vê a sua “opção prática”. E se calhar o Povo Português – bem mais sábio do que julgamos ou queremos admitir – tem toda a razão quando diz que PS e PSD são iguais. Este último, por mera tactica de poder.

Não é saúdavel ter um sistema político centrado à esquerda. A balança deve estar centrada. Isso implica uma Esquerda moderna e democrata, ou Social Democrata, e uma Direita moderna e democrata, ou Direita Liberal. E é deste conflito, desta concorrência que se encontram as soluções para o país, não entre um Partido Socialista convicto e um Partido Social Democrata “assim-assim”, embora por dentro, não acredite na mesma, ao ponto de inventar a “Social Democracia Portuguesa”!

Porquê este discurso todo num blog de um militante da JSD? Porque julgo que esta tarefa nos compete a nós, juventude. Não virá do Partido, demasiado agarrado a lutas pelo Poder ou traúmas do passado recente. Virá da nova geração que não ganhou traumas [para nenhum dos lados] e por isso tem o espirito critico para empreender esta tarefa. Uma geração com ideias diferentes que decerto terá a coragem de ter as “dores de parto” desta iniciativa. E deixo aqui um repto ao Gabinete de Estudos da JSD. Sem malicia, ou gincana política, desafio a actual CPN [que apoio e ajudei a eleger enquanto congressista no último Congresso Nacional] de criar um grupo de trabalho para este tópico: Refundação. Repensar a política, dar um corpo ideológico ao PPD/PSD, assumir aquilo que somos e, se calhar, voltar às origens: voltarmos ao PPD!

Porque, e para terminar que o Post já vai longo, não o fazer poderá acarretar ficarmos fora do Governo durante muitos mais anos. O PS finalmente evoluiu e isso implica que temos, nós PPD/PSD, que nos assumir e evoluir também. No processo, completar o último passo para uma democracia saudável, uma democracia centrada e não enviesada. E cabe à JSD fazer jús ao repto que Emidio Guerreiro nos lançou: cabe à JSD ser a linha avançada do PSD e a sua consciência critica!



In: http://sublegelibertas.wordpress.com/2009/04/30/ppd-vs-psd/